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Conquistando a Confiança – Matéria

     Em uma quarta-feira comum, rotineira, por volta das 7h30 da manhã, uma notificação aparece no meu telefone, com uma mensagem de um dos assessores do prefeito de Maringá, solicitando a nossa presença em uma comemoração da prefeitura. Não me espantei, porque sempre que conversamos com eles, sempre mostrei que somos um movimento muito forte presente em Maringá, uma família, com milhares de jovens e pais de família que se dedicam a personalização automotiva, gerando empregos e movimentando milhões de reais por mês em nossa cidade e região.

    Dei meu positivo, perguntando se a Polícia Militar estaria presente, visto que gostaria da presença deles. Com a confirmação da presença da PM, convidei somente alguns dos meninos, já que tínhamos o limite de 10 carros, devido ao espaço.

     Ao chegar, no sábado à tarde seguinte, paramos os carros, e começamos os procedimentos normais, sem inibição, passando pretinho nos pneus, baixando suspensões a ar, tirando placas dianteiras, coisas que sempre fazemos, sempre com o intuito de ficar ‘bonito na foto’, não com o objetivo de provocar nenhuma autoridade.
     Minutos depois, duas viaturas se aproximam, param próximo a nós, e um dos oficiais se aproxima de mim, um cabo, e educadamente, sem continências e demais formalidades, agindo como um cidadão comum, cumprimentei e estiquei a mão. O ato dele foi recíproco. Com um sorriso, ele começou a rodear primeiramente o Fusca, e com o celular em mãos, tirou fotos e disse “vou mandar para meu irmão”. Na sequência, os outros policiais vieram, e começaram a observar os carros, conversando e perguntando pormenores do que havíamos feito, de forma curiosa, contando para nós os carros que os mesmos já tiveram, e o que os mesmos já haviam feito também. Entre sorrisos, rodas de conversa e brincadeiras com eles, a tarde passou, e depois de assuntos importantes, como a presença de todos no estádio de quinta-feira, e abordagens em operações policiais, nos despedimos. Fomos embora, passando por eles e esticando a mão em forma de despedida, dentro de carros com suspensão a ar, rodas grandes, escapamentos barulhentos, som na caçamba e motores turbo, tudo da forma que somos, sem disfarçar, e chegamos em nossas casas sem esse medo no coração que todos temos.

    Ainda há esperança, e enquanto houver a luz no fim do túnel, mesmo havendo joio no meio do trigo, vamos lutar pelo movimento.

Andrey O. Tibb

"Macarron de micro-ondes!"- Jacquin, Erick

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